-Disposição do texto
ÀREA DE CONHECIMENTO: LINGUA PORTUGUESA
AULA 10 – RECURSOS DE ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO TEXTUAL PARA A PRODUÇÃO DO SENTIDO
Unidade Estrutural: Estrutura do texto que sustenta - São 3 recursos:
introdução – assunto - Desenvolvimento
Conclusão – arrematar as idéias
É importante que os alunos aprendam esses 3 recursos.
Unidade Temática
Além do esqueleto tem que ter uma idéia única
Diferença que existe entre dois recursos da textualidade: enredo e o tema.
Enredo: aspecto literal do tema, a historinha que lemos.
Tema: alguma coisa que esta atrás do enredo, é a idéia que o autor utiliza através do enredo. Ex. Poemas Velho Tema(Vicente de Carvalho)/ Da Felicidade (Mario Quintana), os enredos diferentes mas com o mesmo tema felicidade.
Conceito de Tema
É a idéia central do texto é o que articula todas as idéias.
Unidade temática – temos que ancorara todas as idéias a essa idéia central.
- Estratégia de Ensino
Interpretação de Texto
Analise do enredo não é interpretação. Temos que ler muito e fazer muitas interpretações do tema para discutir o tema.
Sempre fomos orientados a responder perguntas sobre o enredo, temos que alterar as perguntas para que os alunos percebam e discutem os temas.
- Coesão Textual
A correta articulação do texto, como é ligada as partes do texto.
- coesão referencial, coesão seqüencial.
Coesão Referencial
Ex. João saiu. / Ele parecia nervoso.
A segunda oração faz referencia a pessoa do João.
A coesão referencial pode ser por: substituição ou reiteração.
Coesão referencial por substituição
Ocorrem através dos verbos, advérbios, numerais e pronomes.
Por Pronomes: Comprei um livro. / Ele visa a globalização.
Por Verbos: Maria votou na chapa 1./ Tereza fez o mesmo.
Por Advérbios: Estou em Curitiba./ Aqui esta fazendo um frio tremendo.
Por numerais: Enviei a ficha e o relatório./ Ambos foram enviados.
Coesão referencial por reiteração
Ela se da por repetição
Repetição do mesmo termo ou expressão. Ex.: Chegou o livro que encomendei?/è um livro sobre historia do Paraná.
Sinônimo: Era uma habitação simples./ Um casebre de chão batido.
Expressões que indicam relação entre parte e todo ou entre todo e parte. Ex. Os cães estão agitados./ Esses animais pressentem o perigo.
Expressões nominais definidas
Ex. Chico Buarque gravou um novo disco./ O cantor fará o lançamento em um shou no RJ.
Nomes Genéricos
Ex. Ele entregou o embrulho./ Uma coisa enorme.
Coesão Sequencial
Sequencia uma ordenação das idéias, das palavras. Pode ser: Por sequenciação temporal ou por conexão.
Sequenciação Temporal: Ela se realiza na medida que em uma narrativa obedece uma sequenciação gronologica. Ordenação temporal constitui uma sequencia de tempo.
Por conexão; Quando ligo um elemento.
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AULA 11 - COERÊNCIA E ARGUMENTAÇÃO
COERÊNCIA
Articulação das partes do texto: É quando o texto não apresenta sentido contraditório, permitindo a atribuição de um sentido unitário ao texto.
Uma idéia não contradiz a outra.
O texto pode ter idéias contraditórias, mas tem que justificar as contradições.
A coerência pode se dar por INTROTEXTUAL E EXTRATEXTUAL.
INTROTEXTUAL (dentro do texto) consiste na ausência de contradição entre os anunciados do texto.
EXTRATEXTUAL: É a ausência de contradição entre as idéias do texto e as idéias aceitas consensualmente como verdadeiras.
ARGUMENTAÇÃO
É o registro no texto de um conjunto que justifica a opinião do autor.
A característica é convencer o outro sobre a sua idéia.
Tipos de argumentação:
BASEADO NO CONSENSO: usa uma idéia aceita de apoio, reforça outra idéia do texto.
BASEADO EM COMPROVAÇÃO: comprovação cientifica, tabelas e outros.
BASEADO EM RACIOCINIO LÓGICO: exponho a primeira idéia e depois desenvolvo o raciocínio lógico daquela idéia.
DA COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA: um bom domínio da língua padrão causa uma intimidação.
DE AUTORIDADE: sustento minha idéia baseado em outras pessoas que tenha um peso social grande.
ARGUMENTAÇÃO BASEADO NO CONSENSO: se faz pelo emprego de preposições ou afirmações universalmente aceitas e que, enquanto tal, dispensam comprovação. Ex: A escolarização, um direito de todo cidadão.
INADEQUADAS COMO ARGUMENTAÇÔES
- As afirmações de senso-comum. Ex. A criança é o futuro do Brasil (já esta gasta).
- As afirmações de conteúdo preconceituoso (não são cabíveis como argumento)
- As proposições de caráter discutível: Ex. Somente os jovens mais ricos conseguem vaga nas universidades publicas. (é falsa).
ARGUMENTO BASEADO EM COMPROVAÇÃO: Ex. è claro que ele não foi. Eu conferi a lista de chamada.
ARGUMENTO BASEADO EM RACIOCÍNIO LÓGICO: é construído pela articulação coerente entre vários enunciados constante do texto. Ex: É claro que ele vai conseguir o emprego. Tem um bom currículo e é um dos únicos candidatos com experiência na área.
ARGUMENTAÇÃO DA COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA: é constituída pelo uso da variante culta. Ex. A lógica da epistemologia consiste no estudo dos elementos dialéticos.
ARGUMENTO DE AUTORIDADE: é constituído com o uso ou citação de um autor importante. Ex. O uso da lingüística no ensino de português representa um avanço importante, mas deve ser planejado em conjunto por lingüistas e professores de português, como bem salienta Cagliari.
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AULA 12 - NORMA-PADRÃO E DEMAIS VARIEDADES QUESTÃO DE ERRO OU DE INADEQUAÇÃO
Elaborado por: Fabíola
A norma padrão é aquela consagrada socialmente, não que dizer, entretanto, que essa variedade seja melhor ou mais correta que as demais, mas apenas que ela foi ideologicamente elevada a essa condição pela classe que detém o poder e o prestígio.
Qualquer variedade lingüística atende a um conjunto rico de regras que garante a qualidade e finalidade da interação. As diferenças entre uma e outra variedade constituem erros.
Cagliari(1991p.82)o certo e o errado são conceitos pouco honestos que a sociedade usa para marcar os indivíduos e classes sociais pelo modo de falar.Essa atitude da sociedade revela seus preconceitos, marcando assim as diferenças lingüísticas com marcas de prestigio e estigma.
Magda Becker Soares (1994.p 40) Embora um grupo de pessoas utilizam a mesma língua, constitua uma comunidade lingüística isto não quer dizer que essa língua seja homogênea e uniforme existe diferenciação geográfica e social entre segmentos de uma mesma comunidade que resulta em correspondente processo de diferenciação lingüística que pode dar-se níveis fonológicos,léxicos e gramaticais.
ORTOEPIA E PROSÓDIA
A ortoepia refere-se á adequada pronuncia dos fonemas, enquanto a prosódia diz respeito á adequada pronuncia da silaba Tônica da palavra.
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
È um mecanismo que expressa a adequada associação entre elementos da frase.
Pode ser nominal ou verbal.Concordância nominal refere-se a relação entre termos do chamado grupo nominal(substantivos,adjetivos,artigos e numerais).levando em conta o gênero e o numero.A concordância verbal diz respeito a associação entre o sujeito e o verbo da oração,observando número e pessoa.
SINTAXE DE REGÊNCIA
Também pode ser nominal ou verbal. A regência nominal refere-se a associação entre um nome que pode ser substantivo,adjetivo,ou advérbio e os termos regidos por esse nome.A regência verbal é a relação entre os verbos e os termos que os completam como objeto direto/indireto ou que os caracterizam (adjuntos adverbiais).
SINTAXE DE COLOCAÇÃO
Trata de adequada posição do pronome pessoal relativo ao verbo uma vez que nas três posições são possíveis: o pronome anteposto ao verbo ou próclise. Exs: Ele me entregou o livro, nomeio do verbo ou mesóclise: Dier-se-ia que ele entendera o assunto; proposto ao verbo ou ênclise: Vou-me embora!
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AULA 13 - RECURSOS SEMÂNTICOS E FONOLÓGICOS PARA A PRODUÇÃO DO SENTIDO.
Elaborado por: Fabíola
Léxico - é o termo pelo qual se denomina o repertório de palavras de uma língua e seus significados. No caso do léxico, na condição de um repertório vivo, os sentidos são constantemente alterados, ampliados ou até mesmo, negados, a depender do contexto, da enunciação.
As palavras ou vocábulos que compõem o léxico apresentam relações de sentido, ou relações semânticas que podem ser de polissemia, sinônima, antonímia, parônima e homonímia.
ADEQUAÇÃO LEXICAL
Essas relações de sentido podem confundir o falante ou o escrito e levá-lo á construção de enunciados esdrúxulos ou com um conteúdo diferente daquele pretendido.
Temos muitos sinônimos, assim como temos palavras que adquirem diferentes significados, em diferentes contextos. Às vezes pode nos induzir á inadequação no uso de um termo, seja por desconhecermos o sentido do termo,seja por confundirmos uma palavra com outra semelhante,seja por não atentarmos para o contexto em que o estamos empregando.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Além dos sentidos ou seja aqueles sentidos objetivos ,consagrados pelo uso,claramente interpretados pelos falantes da língua registrados inclusive no dicionário as palavras ainda podem assumir conteúdos novos,figurativos, depender do contexto de uso.
Exs: SENTIDO DENOTATIVO-“O sol é uma estrela”
SENTIDO CONOTATIVO-“Ele foi a estrela do evento”
Também temos o que chamamos de figuras de palavras dentre as quais se destacam a metáfora e a metonímia.
Metáfora - ocorre quando, por deslocamento semântico, a palavra designa algo com o qual não mantêm nenhuma relação objetiva. Ex: Sua boca é um cadeado e meu corpo é uma fogueira.
Metonímia –é quando a palavra é usada no lugar de outra,a partir de uma relação de causalidade ou implicação mútua entre o que elas representam.Ex: Após uma hora de estudo ao piano,desistiu de Beethoven.
AMBIGUIDADE
Resulta da capacidade que tem algumas mensagens de contemplar duas interpretações semânticas diferentes.Ela pode ser um recurso discursivo importante,como por exemplo,no caso das anedotas.Mas quando desnecessária,ela constitui um empecilho para a clareza do texto e deve ser evitada.
Ex.”Emprestei o livro do Mário” estamos correndo o risco de não sermos compreendidos ou, no mínimo sermos mal compreendidos. Porque essa frase tem vários significados.
O aluno deve ser ensinado a analisar se sua construção frasal é suficiente para garantir uma interpretação fácil e clara, não dando margem A CONFUSÕES com a indicada acima. Para isso, ele poderá recorrer a vários recursos da língua: coesão, ordenação, ampliação da informação etc.
A ambigüidade também pode resultar em frases esdrúxulas, absurdas como nos seguintes exemplos.
“A vistoria foi feita em lombo de burro com quase oito quilômetros”.
“O mutuário foi para São Paulo para melhorar de vida. Quando voltar, vai liquidar com o banco".
No primeiro enunciado, a ordem dos termos e a ausência de um elemento coesivo resultaram em uma frase com sentido absurdo (o lombo do burro medindo 8 quilômetros).A frase correta poderia ser assim “A vistoria na propriedade demandou percorrer quase oito quilômetros em lombo de burro”.No segundo enunciado, um termo essencial para a compreensão da idéia (á dívida)foi omitida e,no lugar foi mencionada uma informação acessória.Além do erro de regência.A frase correta:”O mutuário foi para São Paulo para melhorar de vida >Quando voltar,vai liquidar sua dívida junto ao banco”.
GÍRIAS, JARGÕES E TERMOS CHULOS
Deve-se tomar um cuidado especial quanto ao emprego de jargões, ou seja, frases feitas, estereotipadas. Eles empobrecem o texto, tirando-lhe a originalidade. È o caso de expressões de efeito, gastas pelo uso,como”a criança é o futuro”ou “a pureza de uma flor”.O professor ajudar os alunos a superarem sua utilização e cuidar para que ele próprio não incutir neles,pelo uso freqüente,determinados jargões.
PLEONASMO, REDUNDÂNCIA E REPETIÇÃO
Pleonasmo é uma figura de construção que consiste na repetição de uma idéia. È importante recurso de estilo para enfatizar uma idéia.
No ensino da língua escrita é importante, proporcionar condições tanto para que os alunos superem os vícios de redundância e repetição, como para que compreendam as possibilidades de usá-las como recurso de sentido.
RECURSOS FONOLÓGICOS
Os sons da língua podem ser utilizados como recurso para transmitir, sugerir ou enfatizar uma determinada idéia. As principais figuras que recorrem aos recursos fonológicos são:
Onomatopéia-O próprio som da palavra lembra o objeto ou situação representada.
Aliteração-Repetição de uma mesma consoante ou consoante semelhante.
Assonância – Repetição de uma mesma vogal.
Texto Complementar
Denotação e conotação sentido referencial e sentido afetivo.
Garcia 2003 pags.179, 180
Para a semântica estrutural, denotação é aquela parte do significado da palavra que corresponde aos semas específicos e genéricos, isto é aos traços semânticos mais constantes e estáveis,ao passo que conotação é aquela parte do significado constituída pelos semas virtuais Istoé só atualizados em determinado contexto.Ou seja denotação é o elemento estável da significação de uma palavra ,elemento não subjetivo e analisável fora do discurso.
Para Umberto Eco em A estrutura Ausente (trad.port. pág.22) denotação indica que o emprego do símbolo a classe das coisas reais que o emprego do símbolo abarca (cão denota a classe de todos os cães reais), e como conotação é o conjunto de propriedades que devem ser atribuídas ao conceito indicado por símbolo (entendem-se como conotações de cão as propriedades zoológicas mediante as quais a ciência distingue o cão de outros mamíferos de quatro patas).
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AULA 14 - METODOLOGIA E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Elaborado por: Débora Dias
O processo de ensino pressupõe o exercício efetivo de leitura/interpretação e produção de textos orais e escritos. O trabalho deve se desenvolver de forma que professor e alunos participem, alternando leitura e produção de textos.
O trabalho com textos permite a retomada dos mesmos conteúdos em diferentes contextos, fazendo com que o aluno aprenda a lógica do sistema, ao invés de apenas memorizá-la. O professor deverá trabalhar os conteúdos do texto para reconhecimento dos princípios organizadores do código e ao mesmo tempo fará atividades de identificação de letras e sílabas, utilizando principalmente atividades lúdicas para que o aluno memorize isto. Deve ser estudado: direção da escrita, segmentação, relação letra-fonema, relações biunívocas, posicionais e arbitrárias, grafia fixa de vocábulo, entre outros.
Leitura e interpretação
A prática da leitura buscara mesclar, equilibradamente, situações de busca de informações, de estudo do texto, de leitura como pretexto ou motivação para uma outra atividade pedagógica e, claro, de leitura de fruição.
As atividades de leitura e interpretação buscarão a compreensão do tema. Deverão ser usados vários tipos de textos (informativos, narrativos, narrativos descritivos, normativos, dissertativos, de correspondência, texto argumentativos, textos literários, em prosa e em verso, textos lúdicos, textos didáticos). Nessas atividades, além da leitura e interpretação, deverão ser desenvolvidas atividades de análise lingüística e atividades de codificação/decodificação.
O objetivo principal, no entanto, é desenvolver o gosto pela leitura nos alunos. Nesse sentido, a leitura de fruição tem grande importância.
Produção de textos orais e escritos
Convém que os alunos discutam: falar ou escrever para quem? Sobre o que? Com que finalidade? Devem definir assim um interlocutor, objetivos e finalidades do texto e forma de veiculação. Dependendo do tema do texto, cabe ao professor desenvolver atividades antes que permitam ao aluno conhecer o assunto.
As atividades de produção oral de textos podem se desenvolver na forma de relatos, debates, produção e reprodução de historias, de causos, de anedotas, de notícias, na própria interpretação oral de um texto lido, entre outras.
A produção do texto escrito pode valer-se dessas mesmas formas e englobar
outras, como, por exemplo, correspondência, relatórios de observação, dissertações, textos ficcionais, etc.
Análise lingüística
É o estudo mais detalhado do texto (coesão, coerência, concordância, regência, morfologia, sintaxe, etc). Deve-se discutir como dizer algo de forma mais clara e adequada. O professor deve pedir sugestões aos alunos, sugerindo e orientando a testar formas diversas até que se encontre a mais adequada. O educador submeterá o texto, ora de um aluno, ora de outro, à reescrita, discutindo coletivamente a idéia que o autor quis expressar e a melhor maneira de fazê-lo. Na leitura, o professor ira ressaltar – por meio de observações, perguntas dirigidas ou inversões – um ou outro aspecto da organização do texto. Ao longo dessas atividades, o professor poderá ir sistematizando as formas de convenção da língua, como conclusão da atividade de analise.
A depender do problema linguístico surgido, e recomendável complementar tais atividades com estudos mais detalhados daquele fato da língua, tomando-se cuidado para que não se desenvolva nos alunos apenas uma memorização de regras gramaticais. O aluno deve entender o porquê de uma forma ou convenção gramatical.
Atividades de sistematização para o domínio do código
É o trabalho com as letras, sílabas e famílias silábicas. Não há como alfabetizar sem trabalhá-las. As práticas citadas anteriormente (leitura, interpretação e produção de textos e análise lingüística) contribuem para a aquisição do gráfico, mas não são suficientes. E necessário que o professor desenvolva atividades específicas que auxiliem os alunos a compreenderem as relações entre letras e fonemas, percebendo a existência de relações permanentes, cruzadas e arbitrarias e identificando as letras e seus diferentes valores fonéticos, reconhecendo a exigência de uma única forma de grafia para uma dada palavra, não obstante a variedade de letras que possam representar alguns de seus fonemas etc.
Para tanto, propomos que, partindo de uma palavra já identificada num texto trabalhado, desenvolvam-se atividades variadas de comparação gráfico-fonética com outras palavras, bem como atividades de identificação de outros vocábulos por meio de decomposição, de composição e de combinação, por exemplo. A forma mais interessante de trabalhar com essas palavras escolhidas são os jogos, como dominó, jogo da memória, bingo, etc.
Nessas atividades é importante que fique claro para o aluno a relação escrita-oralidade, ora partindo da pronúncia de palavras para sua representação escrita, ora da palavra escrita em busca de sua sonorização.
Os padrões silábicos devem ser apresentados a partir de uma sílaba integrante de alguma palavra, tendo sempre como critério seu valor fonético e não o gráfico.
Os materiais que devem ser utilizados vão desde rótulos, logotipos, anúncios, caixas e pacotes de embalagem com algo escrito, alfabetos moveis variados, os cartazes e materiais elaborados pelo professor, ate jornais, revistas, livros e, e claro, os textos produzidos pelos alunos (orais e escritos). O professor também pode produzir os materiais, como crachás e cartazes, desde que o faça na presença dos alunos, lendo em voz alta o que escreve.
A ordem seqüencial dos conteúdos
O professor, através do planejamento, deverá ter sempre em mente os conteúdos que devem ser trabalhados, sendo que alguns podem ser trabalhados a qualquer momento e outros, constituindo-se como pré-requisitos, devem ser abordados a partir de uma necessidade demandada pelo texto produzido/analisado (seja oral ou escrito). Pode existir às vezes necessidade de se repetir determinados conteúdos, observando-se quais conteúdos os alunos já apreenderam e quais eles ainda não dominam.
Avaliação em língua portuguesa
A avaliação mais adequada é aquela que se dá processualmente, acompanhando
a par e passo o aprendizado dos alunos. Ela busca a apreensão, pelo professor, dos avanços e dificuldades que os alunos apresentam, e não visa mensurar a quantidade de acertos a partir de um padrão ideal preestabelecido. Esta deve ser feita no cotidiano do aluno e deve ser sistemática e contínua, na produção, leitura e interpretação de textos, na análise lingüística e nas atividades de sistematização para o domínio do código.
O objetivo deve ser diagnosticar os problemas e orientar o planejamento do professor, num momento de reflexão sobre sua prática pedagógica. Ao longo das aulas, o professor deverá fazer suas anotações sobre os avanços dos alunos e estas irão orientá-lo no seu planejamento.
O objetivo final do ensino de Língua Portuguesa deve ser produzir bons leitores e escritores críticos e que saibam se expressar oralmente e entender o que outros dizem.
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AULA 15 – METODOLOGIA E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Elaborado por: Margareth Reboledo
Recomenda-se a produção de texto para produção de alunos capazes de entender e produzir textos, sabendo quais elementos utilizar para tal – elemento articulador.
As 4 práticas de ensino da língua portuguesa: Leitura e interpretação de texto, produção de textos orais e escritos, análise lingüística ou reescrita de textos e atividades de sistematização para o domínio de conteúdo.
O texto é visto como elemento articulador.
Leitura e interpretação do texto: a leitura não deve ficar no nível do patamar da literalidade, mas trabalhar a possibilidade de produzir interpretações ligadas a temática do texto.
A leitura tem a função de atrair o aluno para o gosto pela leitura.
Produção de textos orais e escritos: deve desenvolver atividades orais (através de conversas, debates) e escritas. Deve-se fazer conversas preparatórias sobre o assunto que será enfocada, dando subsídio aos alunos sobre o tema e sendo motivador.
O aluno não deve ser pressionado a ponto de sentir medo de errar, o primeiro texto é um esboço até chegar ao texto ideal.
Para que a produção de texto não seja monótona, o professor deve proporcionar estratégias diferenciadas como, por exemplo, através da paráfrase, através de atividades recreacionais.
Análise lingüística ou reescrita de textos: a análise lingüística é o estudo dos recursos do texto desde ao uso adequado do código até a coerência, coesão (elementos de articulação do texto).
Para a análise lingüística, parte-se do texto; pode-se posteriormente fazer a reescrita do texto, reorganizando a frase, substituindo vocábulos, etc...
O erro faz parte do processo, mas não é construtivo, a reflexão do erro e sua correção são construtivas.
A análise lingüística é feita sobre a reescrita do texto.
O professor pode alterar o texto do aluno desde que seja para auxiliá-lo na escrita, sem alterar o sentido.
Atividades de sistematização para o domínio de conteúdo: além da reescrita do texto, o professor pode utilizar jogos, músicas e outras atividades de forma sistemática para que o aluno faça o uso da oralidade escrita com muita tranqüilidade. Visa que o aluno compreenda e memorize os recursos do código e domine o conteúdo.
Não se recomenda o estudo das sílabas no modo tradicional, mas deve ser trabalhado o estudo das sílabas através de uma sistematização mais moderna, com utilização de textos reais e do cotidiano da criança, de acordo com o som dos fonemas, etc.
A ordem seqüencial dos conteúdos: não há uma sequência obrigatória e lógica, com uma progressiva complexidade como no método tradicional; mas alguns conteúdos são pré-requisitos de outros conteúdos, então deve-se trabalhar essa sequência no estudo da unidade pedagógica.
Três recomendações para a avaliação:
Avaliação deve ser processual e contínua, sistemática, ocorrendo permanentemente e acompanhando o aluno sistematicamente;
Deve ser diagnóstica, não para atribuir nota ou punir o aluno, mas para que o professor tenha elementos para o professor poder planejar suas atividades;
O material para a avaliação é o material das atividades feitas em sala de aula, observando o progresso do aluno e registrando seu desenvolvimento.
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AULA 16 – AS 4 PRÁTICAS DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Elaborado por: Margareth Reboledo
1 - Qual o objetivo do ensino da língua portuguesa?
Dominar o idioma, alfabetizar e inserir o indivíduo a sociedade, formar leitores e escritores competentes, capaz de dominar a leitura e a escrita (letramento).
Processo da alfabetização não pode ser fragmentado.
2 - Para saber e ler com propriedade e com fluência, o que é necessário que se aprenda e o professor ensine?
Muitas pessoas ainda têm uma visão tradicional, considerando importante o aprendizado da gramática. Mas não se deve fragmentar o ensino e “jogar” a gramática fora do contexto de estudo.
Para ser capaz de escrever bem é importante conhecer os recursos da língua falada e escrita e conhecer, saber, dominar como e quando usar os recursos existentes da língua portuguesa e suas funções em situações reais de uso.
Texto = unidade discursiva.
Ex: Onde está a fotografia daquele lugar aonde passamos as férias?
Recursos semânticos: onde e aonde.
A situação determina o uso de um outro. Onde = lugar fixo ou estático; aonde = lugar onde se passa.
Como saber quando usar um ou outro? De acordo com o contexto.
As 4 práticas de ensino da língua portuguesa: Leitura e interpretação de texto, produção de texto, análise lingüística e atividades de sistematização para o domínio de conteúdo.
Estuda-se a gramática através da análise lingüística dos textos, atividades de sistematização para o domínio de conteúdo e fixação do que já foi aprendido.
As quatro práticas constituem uma unidade pedagógica.
Na prática, cada tema reúne as 4 práticas pedagógicas, constituindo uma unidade pedagógica.
A sistematização não é necessária ser usada para todos os conteúdos.
Trabalhar com o texto não significa tomar o texto como pretexto para um desenvolvimento de atividades fragmentadas da língua.
Trabalhar com o texto significa compreender os recursos linguísticos em uma situação de uso real.
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AULA 17 – LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Resumo Elaborado por Raquel Maschetti
A leitura e a interpretação constituem ao mesmo tempo uma das práticas pedagógicas de ensino e objeto de ensino, ou seja, usamos a leitura e a interpretação de textos tato para ensinar quanto para aprender.
A diferença entre uma e outra é que podemos ler sem conseguir interpretar um determinado texto. A principal diferença é que ao ler decodificamos os códigos, mas decodificá-los não significa compreende-los, para interpretar um texto é necessário em alguns casos um conjunto de saberes.
Texto com conteúdo mais explicito – conteúdo literal, sem esforço para a compreensão.
Exemplo:
CONVITE DE ANIVERSÁRIO
Queridos amigos, Espero vocês na minha festa de aniversário. Quando: dia 12 de março, a partir das 16 h. Onde Rua Carlos Cavalcanti, 116 ap. 112 |
Texto que exige um nível mais profundo de interpretação:
CONTINHO
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de pernambuco.Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
- Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
- Ela não vai, não: nós é que vamos nela.
- Engraçadinho duma figa! como você se chama?
- Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam de Zé. |
Em determinados casos ler é possível mas para interpretar é necessário possuir um vocabulário especifico muitas vezes cientifico. Para que possamos interpretar um texto temos que colocar um repertório de conhecimentos em ação.
Leitura e interpretação, mas ambas não se reduzem uma a outra, em determinados casos é preciso analisar a leitura, porém a leitura é a primeira condição para a interpretação.
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AULA 18 – A PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS
Resumo Elaborado por Eliana Madacki
O texto oral ou escrito consiste em um processo de comunicação com um interlocutor real ou virtual.
A produção oral deve levar em conta as diferentes formas de expressão que os alunos trazem de sua comunidade, enquanto falantes da língua materna.
PRODUÇÃO ORAL
OBJETIVOS DA PRODUÇÃO ORAL
Os objetivos principais da produção oral são:
· Estabelecer ao aluno o pleno domínio da língua portuguesa;
· Aprender os diferentes recursos de linguagem oral, adequando-os as diversas situações;
· Dotar o aluno da capacidade de estabelecer uma conversa em diferentes situações independente do grau de formalidade, como responder a uma entrevista ou participar de um debate;
· Propiciar diversas situações da prática da oralidade como debates ou conversas;
· Ouvir atentamente a fala do professor e dos colegas para aprender a esperar a vez de falar, bem como respeitar do outro.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O exercício de produção de um texto requer a definição prévia dos objetivos do texto e do interlocutor a quem é dirigido, essa definição estrutura o conteúdo e a forma do texto.
A produção oral demanda promover contato reiterado do aluno com a linguagem formal, mas é necessário sempre respeitar os valores culturais da comunidade que o aluno pertence.
SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS
· Narrar falas em sequência temporal ou casual;
· Descrever objetos, cenários e personagens de histórias lidas pelo professor ou pelo aluno;
· Realizar dramatizações de histórias lidas ou escritas coletivamente pelos alunos;
· Dramatizar textos, poemas e músicas tendo em vista o aprimoramento da entonação, dicção, gesto, postura e etc;
· Ouvir e produzir oralmente textos da tradição oral popular como trava-línguas, parlendas, adivinhações e etc;
· Produzir textos orais em situações de intercâmbio verbal como: recados, instruções, saudações e etc;
· Ouvir e interpretar textos de rádio e televisão, como propagandas, entrevistas e notícias;
· Contar filmes assistidos, histórias relatadas na família ou fatos vivenciados.
PRODUÇÃO DE TEXTO ESCRITO
Para que os alunos se tornem escritores competentes é preciso que o ensino da Língua Portuguesa seja feito desde o início da aprendizagem por meio da realização de atividades de produção de texto escrito. Essas atividades não devem ser postergadas para quando o aluno já dominar a escrita de forma independente.
OBJETIVOS DA PRODUÇÃO DO TEXTO ESCRITO
O objetivo da produção do texto escrito é tornar o aluno capaz de escrever um bom texto, expressando suas idéias de modo claro e adequado, segundo seus objetivos e, levando em conta o interlocutor e o contexto.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
É muito importante organizar um trabalho de produção de textos narrativos, descritivos, narrativos/descritivos, escritos com finalidade definida previamente com os alunos, como: livro de história, mural de produções, cordel de anedotários, diário de turma.
Essas produções, organizadas a partir de textos elaborados pelos alunos e registradas pelo professor ou escritos pelos próprios alunos, podem ser publicadas periodicamente, escolhendo coletivamente sobre o assunto e do interlocutor, dos objetivos, mediante resposta à perguntas: Como? Quando? Quem? Onde?
Além da produção de textos, o professor poderá propor atividades de registro de palavras que, embora isoladas, sejam significativas em decorrência de determinado contexto, como:
· Nome de pessoas;
· Legendas;
· Etiquetas de objetos, animais, brinquedos, comidas, lugares desenhados;
· Calendário com nome dos dias da semana, meses do ano, feriados ou outros dados.
Finalmente articulando os procedimentos de produção de textos orais com atividades de leitura e de registro de textos dos alunos, o professor promove o desenvolvimento da compreensão do que representa a escrita, seus usos, formas e recursos.
É importante salientar que para se produzir bons escritores na escola é cabível permitir que os alunos realizem tentativas de escrita que, inicialmente, podem apresentar muitos erros. A idéia de que elas só deverão escrever textos quando forem capazes de não cometer mais erros traz conseqüências negativas para o aprendizado, como:
· Retardar o exercício da escrita em uso real, de modo que os alunos provavelmente desinteressarão pelo seu aprendizado e desconsiderarão a noção dos usos reais da escrita;
· Os alunos tenderão a valorizar mais a forma do que o conteúdo dos seus textos, que resultarão em textos estereotipados, sem originalidade, com vocabulário pobre, pois provavelmente usarão apenas palavras e estruturas frasais que já dominam perfeitamente.
Embora os erros dos alunos sejam aceitáveis eles devem ser usados para refletir e aprender para dominar a prática da escrita, para isso é preciso que os alunos sejam encorajados a registrar suas idéias.
SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS
A produção de textos deve se iniciar com atividades que contribuam para compreensão do conteúdo a ser escrito. Ninguém escreve bem sobre aquilo que não sabe, portanto é preciso promover debates, oferecer informações para que o aluno obtenha conhecimento daquilo que ele vai escrever incentivar pesquisa em livros, revistas, jornais, organizar discussões e debates entre eles sobre o assunto em pauta, permitindo-lhes refletir, trocar idéias e elaborar uma opinião sobre as questões que serão abordadas.
Para o momento de elaboração do texto , é necessário promover uma discussão sobre sua organização. Essa reflexão incide sobre os elementos, anteriormente mencionados, que orientam a produção do texto, como o interlocutor, o tipo de texto e de linguagem.
Também é desejável avaliar algumas possibilidades de organização estrutural do texto, procurando equacionar os limites da introdução, desenvolvimento e conclusão.
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AULA 19 - COMPREENDENDO AS RELAÇÕES ORALIDADE/ESCRITA: TRABALHANDO COM REPRESENTAÇÃO
Resumo Elaborado por Andreia Sarmento
Trabalhando com representação
Dominar a língua escrita pressupõe a capacidade de dizer alguma coisa de forma clara e correta, utilizando-se de um código específico que é a escrita alfabética.
Ao mesmo tempo em que se aprende a textualidade, é necessário o aprendizado de conteúdos que levam o indivíduo a realizar a codificação/decodificação.
A apreensão do princípio alfabético pode ser realizada pela reflexão que se inicia pela representação por meio do gesto, do desenho; “leitura” de símbolos, logotipos, escrita de números, até alcançar a relação oralidade/escrita.
Objetivo: mostrar ao aluno que a escrita é o “desenho” da fala humana. Para “desenhar” a fala, utilizamos as letras e os sinais gráficos próprios do código. Ou seja, para decodificar os sinais da escrita, precisamos conhecer sua relação com os fonemas e demais sinais do código (isso é a RELAÇÃO ORALIDADE/ESCRITA).
ÀREA DE CONHECIMENTO: LINGUA PORTUGUESA
AULA20 - TRABALHANDO COM AS RELAÇÕES LETRA/FONEMA
Resumo Elaborado por Andreia Sarmento
Relações letra/fonema
A Língua Portuguesa escrita está organizada com base no princípio alfabético. O nosso alfabeto possui 26 letras e 33 fonemas. Sendo assim, os conjuntos (letras/fonemas) são desiguais em quantidade, onde não se verifica uma relação biunívoca (para cada letra, um fonema.
As relações letras/fonemas obedecem à seguinte classificação:
- Relações regulares ou biunívocas: para cada letra um único fonema;
- Relações de valor posicional: letras que possuem dois valores, dependendo da sua posição na palavra;
- Relações arbitrárias: letras com muitos valores ou fonemas que podem ser escritos por diferentes letras.
Objetivo
- Desenvolver atividades específicas que auxiliem a compreensão dessas relações;
- Identificar letras e seus diferentes valores fonéticos no interior da palavra;
- Reconhecer a exigência de uma única forma de grafia para cada palavra.
Encaminhamento Metodológico
- Leitura e produção de texto oral e escrito onde é fornecido ao aluno o material gráfico, ou seja, a grafia correta da palavra para que explorem, juntamente, os fonemas (relação letras/fonemas).
- Atividade de comparação de palavras, palavras com mesma grafia e fonemas diferentes e vice-versa.
Sugestão de estratégia
Refletir sobre as semelhanças das palavras e sobre o valor fonético das letras usando, na primeira, palavras com mesmas sílabas e letras, e, na segunda, palavras com mesmos fonemas escritos com diferentes letras.
ÀREA DE CONHECIMENTO: LINGUA PORTUGUESA
AULA 21 - COMPREENDENDO AS RELAÇÕES ORALIDADE/ESCRITA TRABALHANDO COM O NOME
Resumo Elaborado por Aparecida Lima
Este tema se inscreve na compreensão das relações oralidade escrita que trata da reflexão sobre o código que é inerente as praticas pedagógicas, mais especificamente a produção de textos oral/escrito.
A sistematização das praticas pedagógicas da leitura e da escrita se realizam sempre em contextos discursivos portadores de significados.
O trabalho como nome próprio dos alunos evidência um importante contexto de significação pessoal de cada um.
Objetivos do trabalho com nome:
· Compreender que a fala pode ser registrada de forma gráfica
· Refletir sobre a relação oralidade escrita
· Evidencias para o aluno o principio de que sempre escrevemos para alguém ler, a fim de construir algo significativo para nós e para nosso interlocutor
· Produzir familiaridade com os princípios que regem o texto escrito e as convenções de sua organização e produção.
Encaminhamento metodológicos:
No primeiro dia de aula, iniciando-se com a confecção de crachás esta atividade requer um conjunto de procedimentos que possibilitam aos alunos a reflexão sobre a relação oralidade/escrita do nome. Registra em letra caixa alta na tira de papel, previamente preparada, com um traçado da letra em tamanho legível a alguma distância. Em seguida, relata porque recebeu e se está relacionada com algum fato de sua vida que merece ser mencionado.
No caso dos alunos que não estão seguros de que sabem registrar o professor deverá realizá-lo para eles. Ao escrever o nome, fonetizar para que os alunos percebam a relação oralidade/escrita
Sugestões de estratégias
Solicitar aos alunos que disponham os crachás no centro do círculo e os separem em dois conjuntos: um conjunto com os nomes registrados com menor nº de letras e outro,com os nomes registrados com menor numero de letras
Exercitar a reflexão sobre a relação letras e som com base na observação dos nomes falados e escritos.
Dizer uma sequência de palavras rimando com a terminação do nome pronunciado.
ÀREA DE CONHECIMENTO: LINGUA PORTUGUESA
AULA 22 - COMPREENDENDO AS RELAÇÕES ORALIDADE/ESCRITA: TRABALHANDO COM DISCRIMINAÇÃO DE PALAVRAS
Resumo Elaborado por Aparecida Lima
As quatro práticas para o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa são: leitura e interpretação, produção de textos orais e escritos, sistematização de conteúdos especifico e analise linguística, elas têm como eixo particular de todas as praticas o trabalho com o texto.
· Entretanto as palavras isoladas comportam serem trabalhadas na produção dos textos, elas exigem terem um contexto significativo em decorrências de determinados contextos em que são necessários como:
· O registro de nomes de pessoas
· As legendas
· Etiquetas de objetos, animais, brinquedos, comidas, lugares, desenhados e etc.
· Calendários com o nome dos dias da semana, meses do ano, feridos e outros dados
· Palavras como objetos de reflexão sobre as relações letra e fonema regulares, de valor posicional e arbitrárias.
· Palavras significativas, em decorrência de determinados contextos em que são necessários e palavras selecionadas dos textos de leitura ou dos textos produzidos pelos alunos
Objetivo do trabalho com descriminação de palavras
· Compreender a principio de que o código escrito se organiza de maneira diferente da fala
· Compreender as diferenças acentuadas entre o sistema de codificação sonora da fala e o decodificação visual da escrita. As diferenças acentuadas entre oralidade e escrita são mais difíceis para ser entendidas pelos alunos.
· Compreender que a escrita tem a finalidade de registrar visualmente a sonoridade da fala
· Compreender que a escrita é a representação da fala, valendo-se de um código regido por princípios próprios.
Encaminhamento metodológicos
Seleção de palavras
As palavras a serem trabalhadas serão selecionadas dentre aquelas que figuram com frequência nos textos dos alunos. Elas devem ser registradas em cartazes fixados na sala de aula para que sejam frequentemente visualizadas.
As atividades sugeridas podem ser retomadas tantas vezes quanto for necessário, variando as listagens de palavras, embora sua seleção obedeça aos mesmos princípios.
As atividades são realizadas no quadro de giz em conjunto com todos os alunos, com cartões entregues aos alunos ou em folha de papel, para que cada um realize seu trabalho individualmente.
Sugestões e estratégia
· Selecionar conjuntos de palavras com relação letra e fonema e sequenciar atividades de analise
· Realizar sempre a decodificação das palavras em estudo e interpretação de seu significado
· Selecionar um conjunto de palavras,cujas pronúncias requerem atenção para discriminar suas diferenças
· Compreender que a troca de fonemas na oralidade resulta em cometa erros na gráfica das palavras.
ÀREA DE CONHECIMENTO: LINGUA PORTUGUESA
AULA 23 - TRABALHANDO COM DITADO E CÓPIA
Resumo Elaborado por Aparecida Lima
As práticas pedagógicas para o ensino da língua Portuguesa articula a leitura de texto, análise lingüística, sistematização da produção de textos escritos. Temos no ditado e na cópia atividades de consolidação da aprendizagem de conteúdos específicos de código.
O ditado e a cópia têm características diferentes do seu emprego no ensino tradicional em razão da concepção metodológica que os norteia.
Objetivos das atividades de cópia e Ditado
· Consolidar a aquisição do sistema gráfico da língua Portuguesa
· Promover a fixação entre letras e fonemas percebendo as relações regulares, de valor posicional e arbitrário.
· Reconhecer a exigência de uma única forma de grafia para uma dada palavra
· Desenvolver atividades que demandam manter a atenção reflexiva sobre as questões relativas ao sistema gráfico.
Encaminhamentos metodológicos
Em lugar se cópia mecânica propões-se a realização de atividades que demandam atenção e reflexão. A cópia como realização de registros escritos exigidos na vivência cotidiana como: copiar endereços dos colegas da turma, copiar letras de músicas, poesias, receitas etc.
São objetos de cópia os textos trabalhados em sala de aula e registrados no caderno do aluno, que pode ser utilizados em outras atividades.
O ditado também assume novo sentido ao ser empregado para fixação da aprendizagem do código. O ditado ao qual se atribui caráter lúdico tem o objetivo de despertar o interesse pelo exercício de grafar corretamente as palavras.
Sugestões e estratégias.
· Ditado de palavras e frases com consulta a grafia correta.
· Ditados de figuras
· Ditados de palavras registradas na ‘’folha de caderno dobrada’’
· Ditado de palavras com o alfabeto móvel
· Forca
· Jogo com palavras
· Caça palavras
· Bingo
· Cópia de frases montadas com palavras recortadas
· Jogo de silabas
· Bloco de dúvidas
· Minidicionário
ÀREA DE CONHECIMENTO: LINGUA PORTUGUESA
AULA 24 -PRIMEIROS CONTATOS COM O TEXTO ESCRITO
Resumo Elaborado por Aparecida Lima
Toda unidade pedagógicas é constituída por quatro praticas integradoras: leitura e interpretação de textos, a produção de testos oral e escrita, analise linguística e atividades de sistematização de conteúdos específicos de código.
O texto é o eixo norteador e integrados de todas essas praticas, então quais os encaminhamentos metodológicos e as estratégias que permitem os primeiros contatos do aluno com o texto escrito e suas primeiras tentativas de escrita.
As praticas pedagógicas para o ensino da língua Portuguesa estão centradas na compreensão dos mecanismos e elementos textuais.
Os primeiros contatos dos alunos com os textos escritos
Objetivos:
· Desenvolveu contato com o texto escrito desde os primeiros momentos do processo de aprendizagem da leitura e da escrita .
· Compreender os mecanismos e elementos textuais próprios da produção do texto escritos.
Encaminhamentos metodológicos
A importância do papel do professor em demonstrar como se realiza essa iniciação.
É preciso realizar alguns procedimentos pedagógicos próprios para o desenvolvimento inicial do processo de ensino-aprendizagem da leitura e da escrita .
Na aprendizagem da escrita primeiramente o professor registra o texto no quadro de giz, ou em um cartaz sempre na presença dos alunos, o professor repete as palavras em voz alta ao mesmo tempo em que as escreve, o professor proporciona ao aluno a oportunidade de observar vários aspectos dos procedimentos de escrita, ao escrever na presença deles.
Ex: a segmentação, a direção da escrita, a relação oralidade, escrita etc ...
Na aprendizagem da leitura o professor aponta cada palavra lida, para que o aluno possa acompanhar o processo da leitura, compreendendo as relações oralidade – escrita.
Sugestões de estratégias:
· Manuseio de abundante material impresso, especialmente livros e revistas
· Leitura pelo professor de textos variados
· Registro escrito pelo professor, de texto oral produzidos pelos alunos
· Registro escrito pelo professor, de nomes ou legendas em desenhos dos alunos.
· Registros feitos pelo professor de escritos variados em avisos, cartazes, etc.
Primeiras tentativas de escrita pelo aluno:
Objetivos:
· Promover o desenvolvimento de tentativas de escrita desde os primeiros momentos da aprendizagem da leitura e da escrita
· Promover a compreensão dos mecanismos e elementos textuais próprios da produção do texto escrito.
· Promover a reflexão sobre o código e seus mecanismos.
· Incentivar a busca de soluções para o texto dentre os elementos próprios do código.
Encaminhamentos metodológicos
· O professor estimula o aluno a tentar escrever suas idéias , mesmo que ele não domine o código .
· Lembrar que as tentativas de escrita permite a reflexão do aluno sobre o código , compreendendo seus mecanismos ,
· Em lugar de preocupação com acerto, vale o desafio de encontrar soluções com base nos elementos do código.
· O professor mostra-se sempre disponível para ajudar e fornecer a resposta ainda não encontrada
· A correção pode ser paralela ao registro ou após um primeiro registro literal, dependendo da extensão do texto.
· O registro escrito do texto oral dos alunos é realizado pelo professor no quando de giz ou em cartaz
· A correção é complementada pela leitura e comentário do texto .
· São descartadas palavras do texto com bom teor referencial para o trabalho de reflexão sobre código
· São propostas atividades diversificadas com as palavras e selecionadas, as silabas e letras que elas contêm.
· Propõem-se jogos de composição e decomposição, comparação e ilustração, etc.
·
Sugestões e estratégias.
Na forma de cópia
· Cópia do próprio nome
· Cópia de palavras selecionada em textos trabalhados, valendo – se de silabas e/ou palavras já dominadas
· Cópia de frases ou pequenos trechos selecionados em textos já trabalhados.
· Na forma de produção escrita
· Registro de palavras e frases simples .
· Registro de textos breves
· Produção e registro de textos breves
· Na forma de trabalho com palavras
· Escolher no texto uma ou mais palavras com bom teor referencial
· Apresentar a palavra em vários contextos
· Insistir na apresentação das palavras até perceber que os alunos já fazem uma leitura globalizada.
· Propor a decomposição das palavras em silabas e fazer a relação oralidade/escrita com cada uma delas
· Propor vários jogos para fixação tenta das palavras quanto das silabas e letras – memórias, bingo, etc.
· Promover as atividades de formação da silaba com alfabeto móvel
· Promover atividades de escrita com as silabas estudadas
· Promover atividades de composição de novas palavras pela combinação das silabas estudadas.
· Promover atividades de identificação da relação oralidade escrita.
ÀREA DE CONHECIMENTO: LINGUA PORTUGUESA
AULA AULA 25 - PROCEDIMENTO A PARTIR DE UM DOMÍNIO MÍNIMO DA ESCRITA PELOS ALUNOS
Resumo Elaborado por Aparecida Lima
O ensino da língua escrita é norteado pelas praticas pedagógicas integradas entre si, ou seja, leitura e interpretação, produção de texto oral e escrito, analise linguística e sistematização dos conteúdos específicos. O ensino da língua Portuguesa tem o objetivo de formar o leitores em escritores competentes.
Praticas de leitura
Encaminhamentos metodológicos
Os encaminhamentos metodológicos indicados para praticas de leitura são:
· Desde os momentos iniciais de contato com o texto escrito, o professor deve proceder á pratica de leitura abundante e variada, de textos diversificados, e ao conteúdo , com objetivo de fruição .
· As praticas que comportam interpretação e analise de textos diversificados constituem atividades especiais , portanto não devem ocorrer em – toda atividade de leitura
· Os textos produzidos pelos alunos, também são objetivos de análise linguística e com perspectiva de reescrita,
A prática de reescrita tem que ter a orientação do professor, porque é ele que vai chamar a atenção sobre os elementos disponíveis nos recursos próprios da língua que permitem resolver estes problemas . Os textos a serem reescritos se prestem a sistematização de questões pertinentes aos recursos textuais e ao estudo do código.
Práticas de produção do texto escrito.
Encaminhamento metodológicos
O professor define junto aos alunos sempre que possível a destinação do texto escrito antes de começar sua produção . A atividade de conclusão da produção do textos escrito é a própria veiculação do texto ao destino pré-estabelecido ;
Formas de veiculação do texto:
· Exposição em sala de aula em cordel ao no pátios da escola .
· Reproduzir em mimeógrafos ou Xerox .
· Integrar num livro da classe
· Enviadas, se for correspondência, ao destinatário .
· Encaminhar de outras formas.
· Na correção do texto, o professor apresenta o problema e interroga , os alunos sobre a forma mais adequada para sua reformulação .
· As sugestões de correção dos alunos são acatadas,mas muitas vezes eles não tem sugestões , o professor mesmo deve apresentá-la , discutir a correção e explicar aos alunos e proceder reformulação .
· Sugestões e estratégias
· Produção de texto com base em situações diversificadas .
· Algum fato que despertou o interesse da turma .
· Um texto lido
· Um filme –
· Um desenho
· Recanto de historia
· Correção coletiva da produção de texto que se refere aos elementos: De articulação, dialetais intervocabulares , estruturais, de coesão, de estilo, de sintaxe , entre outros , correção coletiva do texto no aspectos gráficos: Segmentação, ortografia, pontuação, acentuação, etc ...
· Trabalhos diversificados, com registro escrito concluídos, considerando os elementos: De articulação, dialetais, intervocabulares, estruturais , de coesão , de estilo , de sintaxe , entre outros .
· As correções são feitas paralelamente ou após um primeiro registro literal dependendo da extensão do texto.
AULA 26
ÀREA DE CONHECIMENTO: LINGUA PORTUGUESA
Aula 27 Trabalhando com estrutura textual e unidade temática
Resumo Elaborado por Aparecida Lima
Um texto geralmente tem três partes estruturantes: a introdução, desenvolvimento e conclusão. Existem textos que poderá prescindir de algumas dessas partes. Ex: uma lista telefônica que não tem introdução e nem conclusão contendo a mesma estrutura do começo ao fim.
Para desenvolver a noção dessas três partes é muito importante a atividade de leitura de textos bem estruturados, o professor pode comentar metodologicamente a estrutura do texto e indicar bem claramente o trecho correspondente a cada uma dessas partes:
Exemplo: Poema de Cecília Meireles
A bailarina
Esta menina
Tão pequenina
Quer ser bailarina.
Nesta primeira parte do poema, temos a introdução do poema preparando o leitor para o que vem no seu desenvolvimento
Não conhece nem dó nem pé
Mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem minem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si,
Mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
E não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
E diz que caiu do céu.
A autora desenvolve o tema, recorrendo a uma sequência de idéias contrastivas que indicam, ao mesmo tempo, uma qualidade e uma dificuldade que aproximam e distanciam a menina do seu desejo.
Esta menina
Tão pequenina
Quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
E também quer dormir como as outras crianças.
A autora termina esta terceira parte com o clímax, ela utiliza para fazer o fechamento do poema, retomando o tema, colocando um ponto final, fazendo que a menina acalenta seu sonho de ser bailarina, mas que é vencida pelo sono.
ALGUMAS ATIVIDADES ESPECÍFICAS PARA PROMOVER UMA BOA NOÇÃO DE ESTRUTURA TEXTUAL
· Propor que os alunos inventem um final ou início diferente para uma narrativa;
· Apresentar aos alunos o desenvolvimento e o final de uma história e propor que eles criem a introdução;
· Apresentar aos alunos a introdução e o desenvolvimento de uma história e propor que eles criem o final;
· Apresentar aos alunos a introdução e o final de uma história e propor que eles criem o desenvolvimento;
· Registrar as partes de um texto, em fichas diferentes, e propor que os alunos coloquem-nas na ordem adequada;
· Propor a produção de textos, recomendando atenção com a estrutura;
O que é a Unidade temática consiste em ter ao longo de cada texto todas as idéias, os enunciados, ilustrações, concorre para construir um único tema .
Como trabalhar a unidade temática? Precisa que os alunos aprendam a buscar e selecionar as ideias relevantes e necessárias para a construção do tema aprendam a ligá-las adequadamente, são muito importantes as atividades de leitura/interpretação, produção e reescrita de textos.
Atividades podem ser complementadas por alguns exercícios específicos como, por exemplo:
· Descobrir a idéia que não combina com o texto – apresentar aos alunos um texto, em que se encontra inserida uma idéia que não se articula com o tema e propor que a identifiquem e retirem;
· Devolver a frase ao seu texto – apresentar aos alunos dois textos distintos, nos quais encontram-se frases trocadas e propor a eles que reescrevam os textos, devolvendo a cada um a frase que lhe pertence.
· Ordenar a história- Recortar as cenas de uma história em quadrinhos e acrescentar um ou dois quadrinhos de outra história. Propor aos alunos que ordenem os quadrinhos segundo a ordem da história;
· Construindo uma história coletiva. Escrever, no quadro , uma frase inicial de uma narrativa e pedir aos alunos que vão sugerindo outras frases para continuar. No processo, ir comentando a possibilidade ou não de as frases sugeridas se articularem de modo a constituírem um tema;
· Completar o diálogo. Apresentar os enunciados de apenas um dos interlocutores e propor que os alunos elaborem os enunciados do outro; ex:num diálogo do telefone só um que fala, e pede para que o aluno cria as respostas.
· Propor a produção de textos, recomendando atenção com a unidade temática;
· Promover a análise linguística e reescrita dos textos dos alunos, em atividade coletiva
ÀREA DE CONHECIMENTO: LINGUA PORTUGUESA
AULA 28 TRABALHANDO COM OS ELEMENTOS TEXTUAIS:
COESÃO E COERÊNCIA
Dois aspectos bastante importantes na construção de um bom texto são a coesão e a coerência.
A aprendizagem da língua oral, quando o aluno ingresso na escola, ela já contempla um grau bastante elevado de domínio dos recursos de coesão e de coerência textuais, na fala, mas vale lembrar que as práticas de leitura e interpretação, produção e reescrita de texto, são atividades fundamentais para consolidar esse domínio e inclusive ampliá-lo.
O que é coesão?
Consiste na adequada articulação entre palavras, orações, períodos e parágrafos.Existem três modalidades básicas de coesão:referencial, sequencial e por conexão.
* Coesão referencial diz respeito ao uso de elementos coesivos que remetem (ou se referem) a termos já mencionados no texto Ex.: O professor lembrou que amanhã é feriado. Por isso, ele adiou as atividades para a próxima semana
*Coesão sequencial compreende o uso de recursos coesivos para estabelecer, no texto, a ordenação sequencial das informações, Ex.: Organizei o material e depois comecei o trabalho.
*A coesão por conexão resulta do encadeamento de segmentos textuais (orações e períodos); é obtida pelo emprego de conectores ou operadores discursivos, isto é, por palavras ou expressões que estabelecem relações entre aqueles segmentos dos textos. Seriam as conjunções.
Tratamento pedagógico
No caso do tratamento desses conteúdos em atividades de leitura e interpretação, o professor poderá sempre ressaltar a função coesiva de determinados recursos utilizados no texto. o professor poderá optar por trabalhar apenas uma das modalidades de coesão (referencial ou sequencial). Isso é uma prática essencial.
Recursos de coesão referencial
Era uma vez um jovem chamado Gulliver que decidiu viajar pelo mundo. Ele iniciou sua aventura com uma viagem pelo mar.
Um dia, durante uma tempestade, seu barco afundou e ele conseguiu nadar até uma praia. Quando acordou, estava sendo espetado por peque-nos dardos atirados por homenzinhos muito pequenos.
Feito prisioneiro, Gulliver foi levado até o imperador dos pequenos soldados, que falou:
— Aqui em Liliput, enfrentamos um terrível inimigo: o povo que vive em uma ilha vizinha. Precisamos de sua ajuda para derrotá-lo. Se você nos ajudar, ganhará, em troca, comida e abrigo.
O jovem aventureiro decidiu ajudar os liliputianos e arquitetou um plano. À noite, atravessou o estreito de mar e, aproveitando-se da escuridão, destruiu os barcos dos inimigos, que também eram homens muito pequenos. Os liliputianos, agradecidos, ajudaram Gulliver a retornar à Inglaterra, sua terra natal.
Todas as expressões em vermelho fazem referência ao mesmo termo, inicialmente mencionado, no caso, “um jovem”. Os recursos coesivos permitem ligar as ideias a essa expressão, sem a necessidade de repeti-la Para chamar a atenção dos alunos sobre os recursos coesivos, o professor poderá recorrer a perguntas dirigidas que permitam estabelecer a relação entre os termos assim ligados: Como era o nome do jovem? Qual palavra indica isso?
Recursos de coesão seqüencial No mesmo texto é possível observar elementos coesivos que “costuram” a sequência do texto. Vejamos: os termos em verde são expressões que indicam a sucessão temporal em que ocorreram os fatos. Por meio dessas expressões, o autor constrói a coesão sequencial do texto. Também nesse caso, o professor poderá recorrer a perguntas dirigidas para destacar a sequenciação e os elementos coesivos empregados para ordená-la: Depois que decidiu viajar pelo mundo, o que fez Gulliver? Qual palavra indica isso?
Coesão por conexão:
Talvez essa seja a modalidade de coesão mais complexa e, portanto, tende a apresentar mais dificuldade. Para trabalhar com as noções de coesão por conexão, é importante lembrar os principais tipos de conectores. A que indicam a disposição gradativa de uma série de argumentos, orientada para uma conclusão: até, mesmo, até mesmo, inclusive, quando muito, ao menos etc .; b que articulam argumentos em favor de uma mesma conclusão: e, inclusive, não só, também, ainda, nem, tanto... como, além disso etc. c que introduzem argumentos que levam a conclusões opostas: quer... quer, caso contrário, ou... ou, seja... seja etc d que indicam uma relação de conclusão: pois, portanto, por conseguinte, logo etc. ; e que estabelecem comparação entre dois elementos: tão... quanto, tanto...quanto, mais... que, menos... que ; f que indicam uma explicação ou justificativa ao conteúdo do enunciado anterior: pois, porque, que, já que, uma vez que etc. ; g que contrapõem enunciados: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, embora, ainda que, apesar de que, mesmo que etc. ; h que introduzem um argumento decisivo:ademais, além disso, aliás, além de tudo etc. i que indicam generalização do conteúdo do enunciado anterior: realmente, de fato, aliás, também etc. ; j que introduzem exemplificações do conteúdo do enunciado anterior: como, por exemplo etc. ; k que introduzem uma retificação ou esclarecimento: isto é, quer dizer, ou melhor, ou seja, em outros termos etc. ; l que ilustram o conteúdo do enunciado anterior: desse modo, dessa maneira etc. Nesse caso, o professor deve ressaltar o conteúdo da conexão produzida: conclusão, explicação, contraposição, ilustração etc. Também, para esse conteúdo, são essenciais as atividades de leitura/interpretação, produção e reescrita de texto, complementadas por alguns exercícios específicos.
Como atividades específicas _Propor enunciados incompletos, para que os alunos estabeleçam a relação pertinente entre o elemento coesivo e o complemento do enunciado. Por exemplo: Ele estudou muito, porque ...... Ele estudou muito, entretanto... _Propor enunciados semelhantes, porém, com elementos coesivos distintos, para que os alunos os interpretem, percebendo a diferença de sentido produzida pela coesão. Por exemplo:Eu não gosto do calor, mas sempre vou à praia para acompanhar minha família. _Ler, para os alunos, um pequeno texto rico em elementos coesivos, depois, entregar-lhes o mesmo texto com lacunas no lugar dos coesivos e solicitar a eles que o completem, mantendo o conteúdo do texto inalterado. _Propor a produção de textos, recomendando atenção com os aspectos de coesão. _Promover a análise linguística e a reescrita dos textos dos alunos, em atividade coletiva, observando especialmente os aspectos de coesão
.Coerência
a coerência diz respeito às relações de sentido, Há coerência quando o texto não apresenta sentidos contraditórios, permitindo a atribuição de um sentido unitário ao texto A coerência tanto pode se dar no âmbito intratextual, ou seja, no interior do texto, como no âmbito extratextual, isto é, entre as ideias do texto e as ideias consensualmente aceitas pelas pessoas. o primeiro passo é fazer com que os alunos entendam claramente em que consiste a coerência.Um outro importante aspecto é o de que o processo de ensino-aprendizagem sobre os mecanismos de coerência/incoerência não deve, em hipótese alguma, assumir uma dimensão moralista, de condenação ou reprovação generalizada de situações de incoerência, pois esta nem sempre é um erro ou um comportamento antiético. A incoerência pode resultar de falta de conhecimento sobre uma situação ou assunto, É preciso que o professor, procure ajudar os alunos a entenderem as causas de suas dúvidas e de suas incoerências e a se posicionarem o mais coerentemente possível.
Algumas sugestões de atividades
As práticas de leitura/interpretação, produção, análise e reescrita de texto são as práticas mais completas para quaisquer conteúdos, sugerimos algumas atividades complementares específicas: *analisar, num texto dado, a coerência dos argumentos incluídos para sustentar a ideia principal; *analisar, num texto dado, a coerência dos exemplos incluídos para esclarecer ou reforçar a ideia principal; *propor temas polêmicos para debates e posterior produção de texto, observando a coerência das ideias sob pontos de vista contraditórios; *analisar histórias, filmes, contos etc., que envolvam situações polêmicas e propor aos alunos que analisem as opiniões contrárias e destaquem os argumentos coerentes, segundo cada ponto de vista envolvido; *propor-lhes que desenvolvam enredos contrários (o “outro lado” da história) para histórias conhecidas, de modo a exercitar o desenvolvimento de contra-argumentos; *propor temas polêmicos para a realização de júri simulado; orientar os alunos para estudarem o assunto e arrolarem argumentos, informações, exemplos coerentes com o ponto de vista que desejam defender ou criticar; *propor a produção de textos, recomendando atenção com os aspectos de coerência interna e externa; *promover a análise linguística e a reescrita dos textos dos alunos, em atividade coletiva